segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Fernando Henrique tá doidão


Depois de passar 2.922 dias sendo derrotado diariamente e impiedosamente por Lula, Fernando Henrique resolveu botar os caninos de fora. Aparece em tudo que é lugar para falar de qualquer coisa. De certa forma, ele está certo, já que o partido que inventou está em processo de extinção e ele se agarra com unhas e dentes na tentativa de salvá-lo. O seu alvo principal, claro, é Lula (que no momento tira merecidas férias, longe do fel efehenriqueano), chegando a (re)afirmar, em entrevista que saiu hoje no Globo, que o que houve de errado no final do seu governo foi fruto do pânico que o mercado tinha com a chegada de Lula. Se seu governo era tão bom assim, por que não conseguiu eleger seu sucessor? E por que será que era tão mal avaliado, bem antes de Lula transformar-se em ameaça? Mas FHC também procura dar pitaco no novo Governo Dilma. Tenta desacreditar exatamente aquilo que serviu de lição para ele, a economia estabelecida por Lula. Tenta criticar Mantega e fala obviedades sobre a equação commodities/manufaturados. Em política externa, o defensor dos pés descalços e cabeça baixa diante dos Estados Unidos é um fiasco completo nas opiniões, apesar (ou será por isso mesmo?) de ter sido Ministro das Relações Exteriores de Itamar. Mostra-se amuado com a postura cabeça erguida que o Brasil tomou nos últimos anos e repete a ladainha americana de que o Brasil não deveria ter buscado (brilhantemente, diga-se de passagem) um acordo entre Irã e Ocidente. No seu afã de ocupar espaço a qualquer custo, começou a discutir o mercado da droga. Chose de loque! Mas, pensando bem, até que não está sendo incoerente – afinal o seu governo acabou sendo uma grande droga.