domingo, 11 de abril de 2010

“Eles” querem se passar por “nós”



Esse discurso de Serra pretensamente à la Obama, falando em “união” ou na recusa de uma campanha na base do “nós contra eles”, revela apenas o medo da Oposição de nunca mais voltar a pegar o bonde da história.
Quando Obama disse que era o candidato dos Estados Unidos da América, ele, negro, procurou – e conseguiu – reduzir a resistência racial preconceituosa tradicional entre os brancos. Será que Serra está assumindo ser o candidato apenas dos “ricos” e pretende agora atrair os “pobres”? Durante anos e anos de poder, “eles” não fizeram nada pelos mais pobres, que hoje, sem “eles”, conquistaram padrão de vida bem melhor. Será que Serra está assumindo ser candidato apenas do “Sul Maravilha” e pretende agora atrair os “esquecidos do Norte-CO-Nordeste”? Durante anos e anos de poder, “eles” voltaram as costas para o Norte-CO-Nordeste, que hoje, sem “eles”, tem padrão de desenvolvimento que pode se comparar ao do Sul desenvolvido. Será que Serra está assumindo ser o candidato do “Brasil submisso” e pretende agora atrair o “Brasil de cabeça erguida”? Durante anos e anos de poder, “eles” assumiram o “complexo de vira-lata” e se curvaram diante do mundo – mas hoje o Brasil é outro, altivo, respeitado, ocupando um lugar de destaque no cenário internacional.
Não adianta a camuflagem para tentar pegar carona no sucesso de Lula - que foi quem de fato uniu o País. Não adianta o jogo de palavras, porque “eles” é “eles” e “nós” é “nós”. É assim que a campanha vai ser e é assim que o eleitor vai decidir o seu voto. De um lado, “eles”: FHC-Serra-passado”. Do outro lado, Lula-Dilma-futuro. Não dá pra misturar, não dá pra confundir. Para usar uma linguagem que “eles” entendem bem, “never mix, never worry”.