sexta-feira, 27 de novembro de 2009

No PT, a ordem do produto altera os fatores

As informações sobre o PT costumam ser tão confusas que procurei me aprofundar mais um pouco. Peguei como exemplo o PED do Rio, um assunto que costuma ter duas ou três versões diferentes em cada jornal. Terminado o primeiro turno, tem coluna que diz que Lindberg foi vitorioso, outras dizem que Edson Santos tem um discurso para cada ocasião, outras apontam não sei quem como fiel da balança, e por aí vai. Vamos clarear: o primeiro turno do PED determinou 1) que o cargo de presidente será decidido em segundo turno entre Luiz Sérgio (40%) e Lourival Casula (25%); 2) que a Direção Estadual e sua Executiva terão a cara (proporcional) das 14 chapas que participaram do PED (lembrando que 3 delas não tiveram votos suficientes para garantirem representação). Essa proporcionalidade é importante porque ela é que vai indicar, por exemplo, se o PT/RJ defende candidatura própria para governador ou aliança com o PMDB. Ninguém pode garantir com certeza absoluta qual será a proposta vencedora, embora minhas sondagens indiquem que haverá aliança e que Luiz Sérgio deverá ser eleito no segundo turno. As negociações em andamento determinarão o produto final – que por sua vez mostrará o perfil da Direção RJ.
Veja aqui as chapas (agrupadas pelos candidatos a presidente que apoiaram no primeiro turno) com a indicação de suas tendências e o percentual de votos correspondente. (clique para ampliar)





E veja aqui como ficou a Executiva do PT/RJ (que, além dos 19 membros eleitos proporcionalmente, conta com o Presidente e o líder da bancada, num total de 21 membros).