quinta-feira, 5 de junho de 2008

Eleição no Rio: o que será que melou no Molon?

Leio agora no Plantão do Informe do Dia, de Jan Theophilo: "Aliança PT e PMDB caminha para o fim - O presidente da Alerj Jorge Picciani (PMDB), o presidente do PT do Rio, Alberto Cantalice, e o deputado Gilbeto Palmares (PT) estão reunidos neste momento no prédio administrativo da Assembléia, na Rua da Alfândega. A reunião é tensa. O PT não ofereceu ao PMDB nenhuma das contra-partidas exigidas pelo partido para formar a aliança. A expectativa é que, nas próximas horas, seja anunciado o rompimento da aliança em torno da chapa Alessandro Molon e Régis Fichtner". Acho que a aliança na verdade não rompeu, porque nem chegou a acontecer de fato. Nunca vi coisa igual. O Deputado Alessandro Molon é um dos mais combativos do Rio Janeiro, tendo conquistado a opinião pública, digamos, mais bem informada por sua disposição para o enfrentamento de forma bem simpática. Soube superar nomes de peso do partido e conquistar a indicação do seu nome para disputar a Prefeitura do Rio. E, para surpresa geral da nação, conseguiu o apoio do PMDB do Governador Sérgio Cabral e do Deputado Picciani. Daí em diante esperava-se uma candidatura em plena ascenção - o que ficou longe de acontecer. Os problemas começaram com as contrapartidas exigidas pelo PMDB. Aliança proporcional é uma delas, significando a possibilidade de menos Vereadores eleitos pelo PT. Mas isso teria sido praticamente superado. Aí vieram as alianças no Interior, que geraram mais problemas, alguns aparentemente instransponíveis. Para complicar ainda mais, o candidato Crivella (PRB) e a candidata Jandira (PCdoB), ambos da base aliada do Governo Lula, passaram a agir com extrema desenvoltura, colocando-se em destaque ao lado de Lula, enquanto Molon não conseguia acontecer em parte alguma. O resultado se viu nas pesquisas: cristalização de Molon na faixa dos 2% coroando uma pré-campanha inexplicavelmente incompetente. Se houvesse um mínimo de campanha, com um ligeiro sinal de crescimento, duvido que o PMDB saltasse fora. Mas só se viu amadorismo em toda parte. O que se achava que seria uma grande campanha, muito bem afinada, transformou-se apenas num melô...