sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e a fidelidade partidária

Com todo o respeito ao Senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, mas a questão do afastamento deles da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado está mal colocada. A Oposição e a mídia estão transformando o caso quase em uma arbitrariedade do PMDB. Se dissessem que era burrice, eu entenderia, mas outra coisa, não. Quero lembrar a todos que o Supremo acaba de esclarecer que a fidelidade partidária está em vigor, mesmo para os cargos majoritários (apesar de terem sido julgados apenas os cargos proporcionais). Portanto, as várias instâncias partidárias estão acima das vontades, dos caprichos ou mesmo das razões de seus parlamentares. Se o partido deseja garantir a maioria dos votos na CCJ e tem dúvidas na capacidade desses dois senadores em contribuir para esse objetivo, é natural trocá-los. O mandato pertence ao partido, não aos eleitos - está claro? É natural, também, que a Oposição faça o jogo político, aproveitando o fato para mobilizar a opinião pública contra seus adversários. Acredito também que o PMDB deve ter avaliado a relação custo-benefício da decisão. Tenho dúvidas se houve acerto na decisão, mas isso é questão interna deles. O resto é blá blá blá no bló bló bló.