quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Bolsa: a crise chinesa na verdade foi americana

Ontem o dia foi vertiginoso para o mundo das bolsas de valores. E o detonador foi a China, que iniciou tudo com uma queda de quase 9% na Bolsa de Xangai. Como constatou o Diário do Povo, "foram as maiores perdas dos últimos 10 anos". Aparentemente a causa foi o boato de que o Governo Chinês passaria a intervir no mercado buscando maior transparência e os investidores ficaram receosos de perderem os imensos ganhos que têm lá. Mas o que deu pânico de verdade foram as ameaças concretas vindas dos Estados Unidos. Primeiro, o discurso de Alan Greenspan, ex-todo poderoso do "banco central", feito na segunda-feira, quando teria dito que o crescimento americano estava perto do fim (, segundo o site da BBC, o Wall Street Journal nega; ele teria dito que "é possível, mas não provável") . Depois veio a notícia que de que as encomendas feitas pelos Estados Unidos em janeiro tinham sido "surpreendentemente fracas", causando grandes perdas nas ações dos exportadores asiáticos. O resultado foi aquilo que todo mundo viu (e há muito tempo não via), com perdas incalculáveis para o mundo financeiro. Hoje, quarta, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 3,94%. Mas as asiáticas continuam em queda, aguardando a reação da Bolsa de Nova York. Segundo a BBC, Hong Kong caiu 2,46%, Tóquio caiu 2,85%, Filipinas 7,0%, Malásia 3,3%, Coréia do Sul, 2,5%. O mais provável, com o previu o Ministro Guido Mantega, é que tudo volte ao normal. Leia também The New York Times.