sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Além de fazer emenda na ética, a juíza Denise Frossard julga Alckmin incapaz de ser Presidente

Ética é o tipo da bandeira que vive ao sabor dos ventos, quando empunhada pela maioria dos políticos. A candidata ao Governo do Rio, a juíza e Deputada Federal Denise Frossard (PPS-PFL-PV), acaba de dar um exemplo disso. Abriu o maior berreiro, quando viu a foto do seu aliado Alckmin com Garotinho (seu arqui-rival no cenário carioca). Ela conduzia (ou melhor, Cesar Maia conduzia...) sua campanha com a bandeira da ética lacerdista e Garotinho (mais próximo de um getulismo) significaria o oposto disso. Todo mundo sabe, Denise retirou apoio a Alckmin, declarou voto nulo e até proibiu o uso da sua imagem na campanha presidencial. Teve jornalista que até escreveu que ela tinha crescido alguns centímetros na estatura. Mas o estrago da campanha já estava feito e só tendia a piorar. Tratou-se então de colocar panos quentes. Alckmin disse que não foi bem assim, que apenas recebeu apoio de Garotinho (embora Garotinho diga exatamente o contrário). O PSDB, que estava quase que oficialmente apoiando Sérgio Cabral (PMDB), voltou atrás para fazer de conta que apóia Denise. E a própria Denise refez suas palavras, dando um jeitinho na sua "rígida" bandeira ética. Tentando perdoar Alckmin, acabou tratando-o como um paulista incompetente para cuidar de política. Ao chamá-lo de “ingênuo de Pindamonhangaba” na verdade disse que não se pode esperar do paulista Alckmin qualquer sinal de sabedoria, perspicácia ou discernimento nas decisões. Se Alckmin não é capaz de entender a política que se faz fora do paralelogramo paulista, para que tentar ser Presidente da República? Talvez alguém precise lhe dizer que o São Francisco é bem maior que o Ipiranga...