sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Com ajuda de Chávez, Fidel fez a economia cubana crescer 10% - e está deixando o pessoal de Bush alucinado

Fidel, Chávez, e o busto de Che, The New York Times Com a doença de Fidel, a administração Bush ficou toda assanhada, achando que teria chance de interferir nos destinos de Cuba, derrubando o Governo e colocando um de seus “aliados”. Os velhos comunistas sabem que grandes transformações capazes de mobilizar a população exigem a combinação de condições subjetivas (partido, organização) e condições objetivas. A esperança da administração Bush estava nas difíceis condições econômicas de Cuba, que poderiam levar o povo cubano a desejar uma volta ao mundo pré-Fidel. Alguns anos atrás, isso até que poderia ter fundamento. Na década de 90, com o fim do apoio da ex-União Soviética, Cuba mergulhou em uma crise profunda. Philip Peters, um expert em economia cubana do Lexington Institute de Virginia, Estados Unidos, disse que “Cuba já está longe da crise dos anos 90; se a economia cubana vai ou não sobreviver deixou de ser uma questão”. Os recursos naturais cubanos, como níquel, estão tendo recordes de venda. A exemplo do Brasil, o país está se preparando para transformar açúcar em etanol. E países como China, Canadá e Espanha estão querendo negociar tudo, além de investir em turismo e exploração petrolífera. Acima de tudo está o grande apoio da rica Venezuela de Hugo Chávez, que garante 100.000 barris de petróleo/dia a bons preços. E é isso que mais enlouquece o atual governo americano. Wayne Smith, ex-diplomata americano em Havana e membro sênior do Centro de Política Internacional de Washington, disse que “a Venezuela não está apenas dando ajuda, mas está formando uma aliança com Cuba – e isso está deixando o pessoal de Bush enlouquecido”. A Venezuela dá crédito, paga a mais de 20 mil médicos cubanos que ajudam os pobres venezuelanos e financia programas, como o Missão Milagre, que levam dezenas de milhares de latino-americanos para cirurgias dos olhos em Havana, injetando centenas de milhões de dólares na economia. Enquanto isso, os turistas, em números crescentes, ficam cada vez mais admirados com a experiência cubana, como demonstrou uma neozelandesa ao The New York Times: “A pobreza aqui não parece tão ruim. As crianças têm o que comer, vão à escola e têm assistência médica”. Bush não pode ouvir coisas assim..Acesse a reportagem no The New York Times.